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História do Macramê

história do macramê

A História do Macramê remonta ao século XIII. A palavra deriva de “migramah” que significa “franja”. Um dos usos mais antigos registrados dos nós de macramê como decoração apareceu nas esculturas dos babilônios e assírios.

O Macramê se origina dos tecelões árabes do século XIII. A palavra deriva de “migramah” que significa “franja”, referindo-se às franjas decorativas em camelos e cavalos, que ajudavam, entre outras coisas, a manter as moscas afastadas nas regiões quentes do deserto do norte da África. Outra escola de pensamento acredita que é derivada da palavra turca “makrama”: “guardanapo” ou “toalha” e era usado para proteger as extremidades das peças de tecelagem, utilizando o excesso de linha e fios ao longo das bordas superior e inferior dos tecidos. Um dos usos mais antigos registrados dos nós de macramê como decoração apareceu nas esculturas dos babilônios e assírios. As franjas e trançados adornavam o vestuário da época e são verificados nas suas esculturas de pedra. O macramê viajou do norte da África para a Espanha com os mouros, durante as suas conquistas e espalhou-se, em primeiro lugar para a França, depois em toda a Europa.

história do macramê
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história do macramê

Um episódio marcante da História do Macramê (o que é macramê?) é quando se tornou uma especialidade de Gênova, onde as raízes italianas deste ofício nasceram, no século XVI com a técnica de trançar e anudar conhecida como “Punto a Groppo” (laço atado). É também um antepassado das rendas de bilros, e foi trabalhado na Itália do século XVI atando, torcendo e amarrando franjas, tudo sem qualquer peso, ou bobinas, e inteiramente à mão. (O macramê italiano moderno é feito em máquinas e se assemelha mais às rendas de bilros e variedades de laços belgas e armênios do que ao macramê propriamente dito)

Os padrões geométricos eram mais usados, às vezes também com figuras humanas. Pensa-se que as rendas de bilros foram desenvolvidas quando os fios começaram a ser anexados com pesos de chumbo e o projeto ancorado em uma almofada ou travesseiro. A técnica Macramê é uma forma moderna do “Punto a Groppo”. No século XIX, toalhas decoradas com macramê tornaram-se muito populares na Itália.

Marinheiros, na época da Expansão Marítima, entre os séculos XV e XIX, ajudaram a difundir a arte para outros lugares usando os longos meses no mar para fazer objetos macramê para vender ou trocar quando paravam em vários portos. Eles também usavam o macramê (chamado “nó quadrado”) para fazer seus próprios utensílios, como redes, cintos, bolsas e franjas de sino.

Veja também…             O que é macramê?

O Macramê desapareceu por um tempo embora ocasionalmente visto em enfeites de casa e vestidos. Ele voltou à moda na Europa no século XIX, especialmente durante o reinado da rainha Vitória.

Na Inglaterra, onde era um passatempo para as donas de casa, foi muitas vezes incluído nos livros de instrução para as esposas obedientes e filhas para a sua “edificação” e como uma ferramenta para embelezar suas casas. Após esta breve reaparição, o macramê desapareceu novamente até a metade do próximo século.
Na década de 1960, o macramê tornou-se uma técnica de arte e artesanato popular nos Estados Unidos e Europa. Era usada para criar luminárias, penduradores de plantas, pulseiras, colares, roupas, redes, cortinas e outros objetos de decoração.

história do macramê
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O Macramê atingiu seu apogeu no século XX, no início dos anos 70, quando a revista “Vogue” publicou um livro sobre o assunto, elevando-o à categoria de “modern-chic”, embora tenha também marcado o início do declínio de uma arte que também foi considerada uma espécie de complemento para o estilo de vida hippie.

No início dos anos 70 haviam poucas casas no Reino Unido e dos EUA que não tinham um adereço em macramê em algum lugar.

Centenas de padrões foram vendidos sob a forma de folhetos de revistas, muitos dos quais ainda se podem encontrar na internet, e foi um hobby para muitos da geração pós-guerra. A arte saiu de cena, mais uma vez, no início dos anos oitenta.

O macramê retornou com o olhar nostálgico dos anos 50, 60 e 70, que floresceram na moda e acessórios, na virada do século 21.

Isso não passou despercebido e vestidos de macramê podem ser vistos na Rodeo Drive, the Boulevard St Michel, no mercado Es-Cana em Ibiza, Cafe Gijon em Madrid Paseo Castellana / Gran Via, Shepherds Market no prestigiado Mayfair, em Londres, a Fonte de Trevi e em outras referências para a moda. O macramê também está se tornando essencial em itens de joalheria, e práticas de hobby. Novos artistas promissores da técnica podem ser encontrados em sites pela web.

Hoje em dia, o macramê é uma fonte de renda muito importante para muitos “viajantes” pelo mundo, principalmente na América Latina. Os viajantes financiam suas viagens vendendo suas peças em macramê em mercados e feiras artesanais através do globo e atualmente também através da internet. Com suas viagens, acabaram levando essa “cultura” para muitos países, e hoje em dia existem “viajantes” artistas da arte macramê em diferentes lugares do mundo. O principal artigo produzido é a joalheria, utilizando fios de nylon ou algodão misturados com cabochões de pedras naturais encontrados pelos diferentes lugares do mundo, em suas viagens, entre outros materiais como sementes, contas de metais e etc.

Macramê & Kaviah

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27 comentários em “História do Macramê

  1. Priscila Silva :

    Olá! Estou escrevendo sobre o Macramê na minha Dissertação, poderia me informar aa referências que utilizou para fazer esse artigo? Desde já agradeço e parabenizo pelo trabalho!

  2. María hupsel :

    Muito valiosas as informações. Estou me aprimorando nesta técnica desde 2016, e cada dia aprendo mais. Adoro desafios, e os nós realmente são desafiadores.

  3. Rosaura Sampaio Mendes :

    Estou preparando uma aula em macramé e suas informações sobre a história me será muito útil , inclusive vou copiar as informações 🙏✨💝 Gratidão!!

  4. Simone :

    Sandra agradeço muito por escrever a história do macrame. Sempre admirei as peças colares, braceletes, etc. E como passei a morar num barco há alguns meses está semana eu decidi aprender para me ocupar a bordo, coincidência não os marinheiros estar diretamente espalhando essa arte e neste momento que estou a bordo comecei a me aventurar nessa arte.
    Gratidão, vou estudar mais, foi um inspirador o seu texto.

    • Sandra :

      Olá Simone! Que inspirador seu comentário! Agradeço muito… Peço desculpas pela demora em responder. Sempre tive o sonho de morar em um barco… Quem sabe um dia não realizo, não é? Estou um pouco ocupada com um novo projeto mas em breve pretendo retomar as postagens aqui. Um grande abraço e fica bem! 🙂

    • Maria do Carmo Rocha :

      Maravilha você dividir essa história conosco. Estou entrando no macramé,pois essa tecnica me tirou de uma ansiedade que não tinha tamanho, é uma verdadeira terapia e com ela estou aprendendo a relaxar .Quando li o texto sobre o macramé me remontei ao passado, imaginando os primeiros tecelões com essa arte maravilhosa.Obrigada .
      Estpu

  5. Iria Kovacs :

    Achei muito interessante este artigo sobre a história do macrame. O meu interesse por esta arte é muito recente. O confinamento, motivado pelo Covid 19, e a vontade de fazer umas cortinas para a sala, levou-me a deambular pelo YouTube e, por mero acaso, encontrei coisas maravilhosas realizadas com esta técnica. Agora sou uma entusiasmada iniciante nesta arte. Muito obrigada pela atenção.

    • Sandra :

      Que maravilha Iria… O macramê pode ser um grande aliado nesse momento atípico em que estamos vivendo… Podemos aproveitar o “tempo livre” pra desenvolver outros talentos que temos hibernados dentro de nós! Agradeço muito seu comentário e peço desculpas pela demora em responder. Um abraço forte! 🙂

  6. Pingback: Macramê – Blog da Greta

  7. maria sérgia :

    Nossa que história linda o macramé tem. Impressionante que, com o passar do tempo tudo vai e volta. E sempre será assim. Nada se perde, tudo se reconstrói. Estou estudando essa arte e estou me apaixonando cada vez mais. Trabalhar com essa arte é realmente um calmante.
    Obrigada pelo artigo.

  8. PATRICIA PRESTES DE AVILA :

    Obrigada por compartilhar o conhecimento! Isso realmente não tem preço… Estou entrando no mundo do macramê e adoro estudar tudo o que rodeia esta arte. Obrigada pelo teu tempo e dedicação para conosco que estamos sempre a procura de bons conteúdos. Grata!

  9. Tauana :

    macrame salvou minha vida no momento mais tenso, a parir dele trabalhei minha paciecia e ansiedade, hoje eu faço e ganho uma graninha extra. arte salvando vidas s2

  10. Jorge de Araújo Vieira :

    Achei muito interessante,trabalho com um grupo de usuários de dependentes de alcool e outras drogas,além do grupo de GO e GV que uso para que os mesmos verbalizem e observem,fazemos do macramê um momento de terapia,onde o usuário usando o macramê tenha possibilidades de criar algo novo.Sou um amante do macramê,hoje sou um senhor de 70 anos,psicólogo/psicanalista e uso a arte do macramê como uma técnica para trabalhar o incosciente dos meus pacientes.

    • Sandra :

      Que legal o seu relato Jorge! Realmente o macramê pode ser uma terapia muito valiosa… Tem sido para mim sempre uma forma de esvaziar a mente e criar. Que bom que curtiu nosso artigo e obrigada pelo seu cometário. 🙂

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